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《小说失落的符号》O Símbolo Perdido 304

时间:2013-06-26来源:互联网  进入葡萄牙语论坛
核心提示:Katherine se lembrava de ter feito suas anotaes cientficas com a mo trmula: Parece existir um material invisvel que sai do corpo humano no momento da morte. Ele possui uma massa quantificvel que no pode ser contida por barreiras fsicas. Sou
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Katherine se lembrava de ter feito suas anotações científicas com a mão trêmula: “Parece existir um ‘material’ invisível que sai do corpo humano no momento da morte. Ele possui uma massa quantificável que não pode ser contida por barreiras físicas. Sou obrigada a supor que se move em uma dimensão que ainda não consigo apreender.”

Pela expressão chocada no rosto do irmão, Katherine soube que ele alcançava a importância de seu experimento.

— Katherine... — gaguejou Peter, piscando os olhos cinzentos como se quisesse certificar-se de que não estava sonhando. — Acho que você acabou de pesar a alma humana.

Houve um longo silêncio entre os dois.

Katherine sentiu que o irmão tentava processar todas as sérias e impressionantes implicações daquilo. Vai levar tempo. Se o que haviam acabado de testemunhar fosse de fato o que parecia ser — ou seja, a prova de que uma alma, consciência, ou força vital podia se movimentar fora dos limites do corpo —, então uma nova e surpreendente luz acabara de ser lançada sobre incontáveis questões místicas: transmigração, consciência cósmica, experiências de quase morte, projeção astral, visualização remota, sonhos lúcidos, e assim por diante. As revistas de medicina estavam repletas de histórias de pacientes que morreram na mesa de cirurgia e viram seus corpos de cima antes de serem trazidos de volta à vida.

Peter estava calado, e Katherine viu lágrimas em seus olhos. Ela entendeu. Também havia chorado. Peter e Katherine tinham perdido pessoas que amavam e, para qualquer um naquela posição, o mais ligeiro indício de que o espírito humano perdurava após a morte trazia um raio de esperança.

Ele está se lembrando de Zachary, pensou Katherine, reconhecendo a tristeza profunda nos olhos do irmão. Durante anos, Peter havia carregado o fardo da responsabilidade pela morte do filho. Ele dissera muitas vezes a Katherine que deixar Zachary na prisão fora o pior erro de sua vida e que jamais conseguiria perdoar a si mesmo.

Uma porta batendo chamou a atenção de Katherine e, de repente, ela se viu de volta ao subsolo, deitada sobre uma fria mesa de pedra. A porta de metal no alto da rampa havia se fechado com um estrondo, e o homem tatuado estava descendo. Ela pôde ouvi-lo entrar em um dos cômodos ao longo do corredor, fazer alguma coisa lá dentro e então prosseguir em direção ao lugar onde ela estava. Quando o homem entrou, Katherine viu que ele empurrava alguma coisa. Algo pesado... sobre rodas. Quando o vulto ficou debaixo da luz, ela o encarou, incrédula. O homem tatuado estava empurrando uma pessoa sobre uma cadeira de rodas.

Katherine reconheceu o homem na cadeira, mas sua mente mal conseguia aceitar o que via.

Peter?

Ela não sabia se deveria ficar eufórica por seu irmão ainda estar vivo... ou totalmente horrorizada. O corpo de Peter havia sido raspado. Seus grossos cabelos prateados tinham desaparecido, assim como as sobrancelhas, e sua pele lisa reluzia como se tivesse sido untada com óleo. Ele vestia um roupão de seda preto. Onde deveria estar sua mão direita via-se apenas um coto enrolado em uma atadura limpa e nova. Os olhos carregados de dor do irmão procuraram os seus, cheios de arrependimento e tristeza.

— Peter! — A voz dela rateou.

Seu irmão tentou falar, mas só conseguiu emitir sons abafados e guturais. Katherine então percebeu que ele estava preso à cadeira de rodas e que tinha sido amordaçado.

O homem tatuado estendeu a mão e afagou delicadamente o couro cabeludo raspado de Peter.

— Eu preparei seu irmão para uma grande honra. Ele tem um papel a desempenhar hoje à noite.

Todo o corpo de Katherine se retesou. Não...

— Peter e eu vamos embora daqui a pouco, mas achei que você fosse querer se despedir.

— Para onde você vai levar meu irmão? — indagou ela com a voz fraca.

Ele sorriu.

— Peter e eu precisamos viajar até a montanha sagrada. É lá que está o tesouro. A Pirâmide Maçônica revelou o local. Seu amigo Robert Langdon foi muito prestativo.

Katherine encarou o irmão nos olhos.

— Ele... matou Robert.

A expressão de Peter se contorceu de agonia, e ele sacudiu a cabeça com violência, como se não conseguisse mais suportar nenhuma dor.

— Ora, ora, Peter — disse o homem, tornando a lhe afagar o couro cabeludo. — Não deixe isso estragar o momento. Diga adeus à sua irmãzinha. Esta é sua última reunião de família.

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