Sato contraiu os lábios, aparentemente processando o argumento de Katherine. Do lado de fora, as hélices do helicóptero começaram a girar. A diretora franziu o cenho, virando-se em seguida para um de seus homens.
— Hartmann, pegue o Escalade. Leve a Sra. Solomon e o Sr. Langdon até Kalorama Heights. Peter Solomon não deve falar com ninguém. Entendido?
— Sim, senhora — respondeu o agente.
— Me ligue quando chegar lá para dizer o que encontrou. E não perca esses dois de vista.
O agente Hartmann fez um rápido meneio de cabeça, tirou a chave do Escalade do bolso e seguiu em direção à porta.
Katherine foi atrás dele.
Sato se virou para Langdon.
— Vejo o senhor em breve, professor. Sei que está achando que o inimigo sou eu, mas posso garantir que isso não é verdade. Vá encontrar Peter imediatamente. Isto aqui ainda não terminou.
Ao lado de Langdon, o decano Galloway estava sentado diante da mesa de centro sem dizer nada. Suas mãos haviam encontrado a pirâmide de pedra dentro da bolsa de couro aberta, e ele corria os dedos pela superfície morna.
— Reverendo, o senhor vem conosco? — disse Langdon.
— Eu só iria atrasá-los. — Galloway retirou as mãos da bolsa e fechou o zíper por cima da pirâmide. — Vou ficar aqui e rezar pela recuperação de Peter. Podemos todos conversar mais tarde. Mas, quando o senhor mostrar a pirâmide a ele, poderia lhe dizer uma coisa por mim?
— Claro. — Langdon colocou a bolsa no ombro.
— Diga a ele que — Galloway pigarreou — a Pirâmide Maçônica sempre guardou seu segredo... de forma sincera.
— Não entendi.
— Apenas diga isso a Peter — disse o velho sorrindo. — Ele vai entender.
Com essas palavras, o decano abaixou a cabeça e começou a rezar.
Langdon saiu apressado. Katherine já estava sentada no banco do carona explicando o caminho ao agente. Langdon sentou no banco de trás e mal teve tempo de fechar a porta antes de o gigantesco veículo disparar pelo gramado na direção norte, rumo a Kalorama Heights.