Depois de encarar a diretora longamente, Anderson sacou o rádio e levou-o em direção à boca.
- Aqui é Anderson. Preciso que destranquem o SBB para mim. Mande alguém me encontrar lá em cinco minutos.
A voz que respondeu soou confusa.
- Chefe, confirmando, o senhor disse SBB?
- Correto. SBB. Mande alguém agora mesmo. E vou precisar de uma lanterna. - Ele guardou o rádio. O coração de Anderson disparou quando Sato chegou bem perto dele, abaixando ainda mais a voz.
- Chefe, o tempo é curto - sussurrou ela -, e eu quero que o senhor nos faça descer até a SBB13 o mais rápido possível.
- Sim, senhora.
- Também preciso de outra coisa do senhor.
Além de arrombamento seguido de invasão? Anderson não estava em condições de protestar, mas não lhe passara despercebido que Sato havia chegado ali poucos minutos depois de a mão de Peter aparecer na Rotunda e que ela agora estava usando a situação para exigir acesso a áreas privadas do Capitólio. Naquela noite, a diretora estava tão à frente deles que parecia estar traçando o caminho.
Sato gesticulou para o outro lado da sala, na direção do professor.
- Está vendo aquela bolsa de viagem no ombro de Langdon?
Anderson olhou para lá.
- O que tem?
- Suponho que ela tenha passado pelo equipamento de raios X quando entrou no prédio.
- Claro. Todas as bolsas são verificadas.
- Eu quero ver esse raio X. Preciso saber o que há lá dentro.
Anderson olhou para a bolsa que Langdon carregara a noite inteira para lá e para cá.
- Mas... não seria mais fácil simplesmente pedir a ele?
- Qual foi a parte do meu pedido que não ficou clara?
Anderson tornou a sacar o rádio e transmitiu o pedido da diretora. Sato lhe deu o endereço de e-mail do seu BlackBerry e solicitou que a cópia digital do raio X fosse enviada o mais rápido possível. Com relutância, Anderson concordou.