CAPÍTULO 94
Mais devagar! Langdon se agarrou ao banco de trás do Escalade, que zunia por uma curva, se inclinando num angulo perigoso O agente Hartmann da CIA ou estava querendo se exibir para Katherine ou tinha ordens de chegar o mais rápido possível até onde Peter Solomon estava, a fim de evitar que ele dissesse qualquer coisa que não devia as autoridades locais.
A correria para escapar dos sinais vermelhos na Embassy Row já tinha sido bastante aflitiva, mas agora eles seguiam em alta velocidade pelas sinuosas ruas residenciais de Kalorama Heights Katherine gritava instruções pelo caminho pois já estivera na casa do seqüestrador naquela tarde.
A cada curva, a bolsa de couro aos pés de Langdon era jogada de um lado para outro, e ele podia ouvir o cume batendo. Deduziu que ele havia se soltado do topo da pirâmide e agora sacolejava no interior da bolsa. Temendo que se danificasse, Langdon remexeu lá dentro até encontrá-lo. A peça ainda estava quente, mas o texto brilhante já havia desaparecido e a inscrição voltara ao estado original:
O segredo se esconde dentro da Ordem.
Quando Langdon estava prestes a guardar o cume em um compartimento lateral, percebeu que a superfície de ouro estava coberta por pontinhos brancos, Intrigado, tentou limpá-los, mas estavam presos e endurecidos... como se fossem de plástico. Mas o que é isso? Ele então percebeu que a
pirâmide de pedra também estava coberta daquela substância. Langdon arrancou um dos pontinhos com a unha, rolando-o entre os dedos.
— Cera? — deixou escapar.
Katherine olhou por cima do ombro.
— O quê?
— A pirâmide e o cume estão cobertos de pedacinhos de cera. Não estou entendendo. De onde ela pode ter saído?
— De alguma coisa dentro da sua bolsa, talvez?
— Acho que não.
Ao fazerem uma curva, Katherine apontou pelo pára-brisa e virou-se para o agente Hartmann.
— É ali! Chegamos.
Langdon ergueu os olhos e viu as luzes giratórias do carro da firma de segurança parado numa entrada de garagem mais à frente. O portão estava aberto, e o agente entrou correndo na propriedade com o utilitário esportivo.
A casa era uma mansão espetacular. Todas as luzes lá dentro estavam acesas e a porta da frente estava escancarada. Havia meia dúzia de veículos estacionados de qualquer maneira sobre o gramado, parecendo ter chegado ali às pressas. Alguns dos carros ainda estavam ligados e com os faróis acesos, a maioria deles apontados para a casa, mas um, virado de lado, praticamente os cegou quando chegaram.
O agente Hartmann parou no gramado ao lado de um sedã branco com PREFERRED SECURITY estampado em cores vivas na lataria. As luzes giratórias e os faróis altos em seus olhos dificultavam a visão.
�lshO~ �y al style='text-align:justify;text-justify:inter-ideograph; text-indent:30.0pt;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none'>Na mesma hora, o saguão ganhou vida. Sato começou a gritar ordens. Vários agentes de campo agarraram seus rádios e se encaminharam para a porta.
— Andem! Andem!
Em meio àquele caos, Langdon olhou para Bellamy em busca de algum tipo de explicação sobre o que realmente estava acontecendo naquela noite, mas o Arquiteto já estava sendo conduzido às pressas pela porta.
— Eu preciso ver meu irmão! — gritou Katherine. — Vocês têm que nos deixar ir!
Sato se aproximou de Katherine.
— Eu não tenho que fazer nada, Sra. Solomon. Está claro?
Katherine não arredou pé, fitando, em desespero, os olhos miúdos de Sato.
— Sra. Solomon, minha prioridade é prender esse homem na Franklin Square, e a senhora vai ficar aqui sentada com um de meus homens até eu fazer isso. Então, e só então, vamos nos preocupar com seu irmão.
— A senhora não está entendendo — disse Katherine. — Sei exatamente onde esse homem mora! Fica a cinco minutos daqui, em Kalorama Heights, e lá existem provas que poderão ajudá-la! Além do mais, a senhora disse que não quer que este caso vaze. Sabe-se lá o que Peter vai dizer às autoridades quando o estado dele se estabilizar.