Langdon pegou o lápis que Bellamy lhe estendia e ficou dando batidinhas com ele no queixo enquanto estudava a cifra. Era tão fácil que ele nem precisava de lápis e papel. Mesmo assim, queria ter certeza de que não cometeria nenhum erro, por isso levou obedientemente o lápis ao papel e escreveu a chave de leitura mais comum para uma cifra maçônica. Ela era constituída por quatro grades - duas simples, duas pontilhadas - nas quais as letras do alfabeto se encaixavam na ordem correta. Cada letra ficava então posicionada dentro de um "compartimento" ou "baia" de formato único. O formato do compartimento de cada letra! se tornava o símbolo dessa letra.
O esquema era tão simples que quase chegava a ser infantil.
Langdon conferiu o que havia traçado. Seguro de que a chave estava correta, voltou sua atenção para o código inscrito na pirâmide. Para decifrá-lo, tudo que precisava fazer era encontrar o formato correspondente na chave de leitura e escrever a letra que este continha.
O primeiro caractere da pirâmide se parecia com uma flecha apontando para baixo ou um cálice. Langdon encontrou sem demora o segmento em forma de cálice na chave de leitura. Ele estava situado no canto inferior esquerdo e continha a letra S. Langdon escreveu S.
O símbolo seguinte da pirâmide era um quadrado sem a lateral direita e com um ponto. Na grade de interpretação, esse formato continha a letra O.
Ele escreveu O.
O terceiro símbolo era um quadrado simples, que continha a letra E.
Langdon escreveu E.
S O E...
Ele prosseguiu, indo cada vez mais rápido até completar toda a grade. Então, ao olhar para a tradução concluída, soltou um suspiro intrigado. Não é bem o que eu chamaria de momento eureca.
O rosto de Bellamy exibia um esboço de sorriso.
- Como você sabe, professor, os Antigos Mistérios são reservados apenas para os verdadeiramente iluminados.
- Certo - disse Langdon, franzindo o cenho. Aparentemente, não é o meu caso.