Langdon assentiu, sentindo sua pulsação acelerar. O que eu acabei de ver?
Segundos antes, a parede do fundo parecia ter cintilado, como se atravessada por uma ondulação de energia.
Anderson voltou para a sala.
- Não há ninguém lá fora. - Quando ele entrou, a parede tornou a cintilar. - Puta merda! - exclamou, dando um pulo para trás.
Os três passaram um bom tempo mudos, encarando a parede. Langdon sentiu outro calafrio percorrer seu corpo ao entender o que estavam vendo. Estendeu a mão, hesitante, até as pontas dos dedos tocarem a superfície dos fundos da sala.
- Não é uma parede - falou.
Anderson e Sato chegaram mais perto, olhando com atenção.
- É uma lona - disse Langdon.
- Mas ela se agitou - disse Sato rapidamente.
Sim, de um jeito muito estranho. Langdon examinou a superfície mais de perto. O polimento da lona havia refletido a luz da vela de uma forma surpreendente porque acabara de se agitar para fora da sala... movendo-se para trás, através da parede do fundo.
Com muita delicadeza, Langdon esticou os dedos, empurrando a lona. Espantado, retirou a mão depressa. Tem uma abertura aqui!
- Afaste isso - ordenou Sato.
Àquela altura, o coração de Langdon batia descompassado. Ele ergueu a mão e segurou a ponta da lona, puxando o tecido devagar para um dos lados. Sem conseguir acreditar, encarou fixamente o que estava escondido atrás dela. Meu Deus.
Assombrados, Sato e Anderson nem se mexiam ao olhar para a abertura na parede do fundo.
Por fim, Sato falou:
- Parece que acabamos de encontrar nossa pirâmide.