----------------------- Page 216-----------------------
doce pura congelava numa estrutura plana e estratificada.
Mas a água marinha congelava numa estrutura contendo
mais tramas ou ramos, por conta de seu conteúdo de sódio,
fazendo com que os pulsos do GPR retornassem de forma
irregular, reduzindo muito o número de reflexoes.
Norah ligou a máquina.
- Isto vai me dar um corte transversal da geleira a partir do
eco da camada de gelo em torno do poco de extraccao - ela
gritou. O software interno da máquina irá desenhar a imagem
conforme o modelo tridimensional e depois imprimi-la.
Qualquer gelo resultante de água marinha será visto como
uma sombra.
- Você vai imprimir? - Tolland estava surpreso. -Você tem
como imprimir aqui? Ela apontou para um cabo saindo do
GPR e indo até um dispositivo ainda protegido dentro da
cobertura do trenó.
- Nesses casos, nao temos muita escolha. As telas de
computador consomem muita energia da bateria, sempre
preciosa; entao os glaciologistas que fazem pesquisa de
campo imprimem os dados usando impressoras térmicas. As
cores nao ficam muito boas, mas o toner de uma laser se
solidifica em temperaturas de -20°. Aprendi isso da pior
forma no Alasca.
Norah pediu que todos ficassem num plano mais baixo que o
GPR, enquanto se preparava para alinhar o transmissor de
forma que ele fizesse uma varredura da área onde estava o
buraco do meteorito, a duas centenas de metros deles. Mas,
quando Norah olhou na direccao de onde tinham vindo, nao
conseguiu ver nada.
- Mike, preciso alinhar o transmissor do GPR com o local onde
estava o meteorito, mas este sinalizador está me cegando.
Vou subir um pouco a encosta, só o suficiente para sair da
luz. Entao levantarei as maos em linha com os sinalizadores e
você completará o alinhamento no GPR.
Tolland assentiu, ajoelhando-se ao lado do dispositivo.
Norah firmou seus crampons no gelo e curvou-se contra o
vento, subindo o aclive em direccao à habisfera. O vento
catabático naquele dia estava muito pior do que imaginara, e
Dan_Brown_-_A_conspirao 216