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- Você me deu peixes de presente?
- Peixes-beijadores chineses, raríssimos. é muito romantico.
- Mike, peixes nao sao nada romanticos.
- Diga isso a eles. Podem passar horas se beijando.
- E isso supostamente deve me deixar empolgada?
- Eu ando meio enferrujado nessa coisa de relacionamentos
amorosos... Mas é a intencao que conta, nao?
- Para sua futura referência, Mike, anote aí que peixes
definitivamente nao sao nada romanticos. Tente flores da
próxima vez.
Tolland estendeu o braco que estava escondendo atrás das
costas e lhe deu um buquê de lírios brancos. - Tentei pegar
umas rosas vermelhas, mas quase atiraram em mim quando
eu estava me esgueirando pelo Jardim das Rosas da Casa
Branca.
Michael puxou Rachel, sentindo o suave perfume de seus
cabelos. Percebeu os anos de isolamento se dissolverem
dentro dele. Beijou-a apaixonadamente, apertando-a contra
seu corpo. Ela deixou os lírios brancos caírem. Dentro de
Tolland desfaziam-se as últimas barreiras que ele havia
construído sem perceber.
Os fantasmas se foram.
Rachel empurrou-o delicadamente na direccao da cama,
dizendo baixinho em seu ouvido:
- Você nao acha mesmo que peixes sejam romanticos, nao é?
- Acho, sim - disse ele, beijando-a de novo. - Você tem que
ver o ritual de acasalamento das águas-vivas. é incrivelmente
erótico.
Quando Mike se deitou de costas na cama, Rachel pousou
seu corpo suavemente sobre o dele.
- E os cavalos-marinhos... - disse Tolland, arfando ao sentir as
maos dela percorrendo o tecido macio de seu pijama. - Eles
executam um ritual amoroso incrivelmente sensual.
- Chega de falar de peixes - ela interrompeu, com voz
sensual, desabotoando seu pijama. - O que você me diz dos
rituais de acasalamento de espécies avancadas de primatas?
Tolland suspirou.
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