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levantou-se e tirou a neve do corpo, deixando a corda em
torno de sua cintura se afrouxar.
- Vamos lá - disse ela. - Maos à obra.
A glaciologista andou até o lado do trenó que estava protegido
do vento e comecou a abrir os ilhoses que mantinham a
cobertura protectora sobre o equipamento. Rachel, achando
que havia sido muito dura com Norah, aproximou-se para
ajudar a abrir a parte traseira da cobertura.
- Por Deus, NAO! - gritou Norah, levantando a cabeca. -
Jamais faca isso! Rachel ficou rígida, sem entender.
- Jamais abra o lado que está contra o vento! Você iria criar
um bolsao de ar e este trenó sairia voando como se fosse um
guarda-chuva em um túnel de vento.
Rachel afastou-se.
- Perdao, eu...
Norah fulminou-a com os olhos.
- Você e o menino-prodígio nao deveriam estar aqui fora.
Nenhum de nós deveria, pensou Rachel.
Amadores, Norah pensou, irritada, xingando o administrador
por sua insistência em mandar Corky e Sexton com ela.
Esses idiotas vao acabar fazendo com que alguém morra aqui
fora. A última coisa que ela desejava naquele momento era
ter que bancar a babá.
- Mike, preciso de ajuda para retirar o GPR do trenó.
Tolland ajudou-a a remover o GPR, um radar de penetracao
do solo, e a posicioná-lo sobre o gelo. O instrumento se
parecia com três pequenas pás de tractor que tivessem sido
fixadas em paralelo a uma armacao de alumínio. O dispositivo
inteiro nao ocupava mais que um metro de comprimento e era
conectado através de cabos a um transformador e a uma
bateria marinha que estavam no trenó.
- Isso é um radar? - perguntou Corky, gritando em meio ao
vento.
Norah balancou a cabeca, em silêncio. O GPR era muito mais
adequado para visualizar gelo salinizado do que o PODS. O
transmissor do GPR emitia pulsos electromagnéticos através
do gelo, e esses pulsos eram refletidos de forma diferenciada
por substancias com estruturas cristalinas distintas. A água
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