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Rachel olhou para a impressao da imagem de raios X e logo
em seguida teve que sentar-se. A seccao transversal
tridimensional do meteorito estava cheia, com dúzias desses
animais.
- Resquícios paleolíticos - Ming disse - sao geralmente
encontrados em grande concentracao. Muitas vezes,
deslizamentos de terra prendem diversos organismos,
cobrindo ninhos ou comunidades inteiras.
Corky deu uma risadinha.
- Estamos achando que a coleccao dentro do meteorito
representa um ninho. - Apontou para um dos espécimes na
impressao. - Olha a mamae aqui...
Rachel olhou para o espécime em questao e arregalou os
olhos. O bicho
parecia ter cerca de 60 centímetros de comprimento.
- Tatuzinho poderoso, nao? - disse Corky.
Rachel assentiu, abismada, imaginando criaturas desse
tamanho passeando na superfície de um planeta distante.
- Na Terra - disse Ming - os artrópodes nao crescem muito
porque a gravidade lhes impoe alguns limites. Nao podem
crescer mais do que seus exoesqueletos sao capazes de
suportar. Contudo, em um planeta com uma gravidade menor,
eles poderiam crescer bem mais.
- Imagine como seria matar moscas do tamanho de águias –
brincou Corky, pegando a amostra da mao de Rachel e
colocando-a em seu bolso.
- é melhor nao roubar isso! - reclamou Ming.
- Fique tranqüilo - disse Corky. - Temos mais oito toneladas
desse material. A mente de Rachel havia disparado e estava
analisando os dados que acabara de receber.
- Mas como é possível que a vida no espaco seja tao similar à
vida na Terra? Quero dizer, você falou que essa criatura se
enquadra em nossa classificacao darwiniana?
- Perfeitamente - disse Corky. - E, por mais incrível que
pareca, muitos astronomos haviam previsto que as formas de
vida extraterrestres teriam que ser muito similares às
terrestres.