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- Ah, nós usamos um microscópio petrográfico de polarizacao,
um espectrometro de fluorescência de raios X, um analisador
de activacao de nêutrons ou um espectrometro de plasma de
acoplamento indutivo para medir as relacoes ferromagnéticas.
- Quanto exibicionismo... - resmungou Tolland. - Olha, o que
Corky quer dizer é que podemos provar que uma pedra é um
meteorito simplesmente através da análise de seu conteúdo
químico.
- Ei, marinheiro! - protestou Corky. - Vamos deixar as
questoes científicas com os cientistas, certo? - Voltou-se para
Rachel e continuou. - Nas pedras da Terra, o mineral níquel
irá sempre ocorrer em percentagens extremamente elevadas
ou extremamente baixas, mas nunca no meio disso. Nos
meteoritos, contudo, a quantidade de níquel recai em uma
gama de valores intermediários. Assim, se analisarmos uma
amostra e descobrirmos que a quantidade de níquel reflete
valores intermediários, podemos garantir, sem sombra de
dúvida, que é um meteorito.
Rachel estava ficando impaciente.
- Cavalheiros, já entendi que crostas de fusao, condrulos,
conteúdo de níquel em níveis intermediários, tudo isso prova
que algo veio do espaco. Isso está claro - disse, colocando a
amostra de volta sobre a mesa de Corky. - Mas ninguém me
explicou ainda o que eu estou fazendo aqui.
Corky soltou um suspiro condescendente.
- Você quer ver uma amostra do meteorito que a NASA
encontrou aqui no gelo?
Antes que eu morra, se possível.
Desta vez Corky procurou em seu bolso, tirando de lá uma
pequena pedra em formato de disco. O segmento de rocha
tinha o formato de um CD, cerca de 25mm de espessura e
parecia ter uma composicao similar à do meteorito rochoso
que ela acabara de ver.
- Este corte veio de uma amostra cilíndrica que extraímos
ontem - disse Corky, passando o disco para Rachel.
A julgar pela aparência, nao havia nada de extraordinário
naquele meteorito. Era uma rocha pesada, de um alaranjado-
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