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- Clara?
- Isso mesmo! - Rachel sorriu.
Corky devolveu-lhe a amostra.
- Observe o corte transversal.
Ela examinou o interior da rocha durante algum tempo, mas
nao viu nada.
- Coloque-a contra a luz, depois movimente de leve - disse
Tolland, com seu tom sempre amigável - e olhe atentamente.
Rachel aproximou a pedra de seus olhos e girou-a devagar
contra as fortes luzes que estavam posicionadas acima deles.
Agora podia ver algo. Eram pequenos glóbulos metálicos
cintilando dentro da pedra.
Dezenas deles estavam salpicados por todo o corte
transversal como gotículas de mercúrio, cada uma com cerca
de um milímetro de diametro.
- Essas pequenas bolhas sao chamadas de condrulos e
ocorrem apenas em meteoritos - disse Corky.
- Nunca vi nada igual em uma pedra aqui da Terra.
- Nem irá ver! - declarou Corky. - Os condrulos sao uma
estrutura geológica que nao existe em nosso planeta. Alguns
sao incrivelmente antigos, constituidos talvez por materiais
datando dos primórdios de nosso universo. Outros sao bem
mais novos, como os que você está vendo. Estes,
especificamente, datam apenas de 190 milhoes de anos
atrás.
- Você está me dizendo que 190 milhoes de anos é novo?
- Claro! Na escala cosmológica, isso foi ontem. Mas o
importante aqui, contudo, é que esta amostra contém
condrulos, que sao uma evidência conclusiva de que se trata
de um meteorito.
- Certo - disse Rachel. - Entao os condrulos sao uma
evidência conclusiva. Entendi esta parte.
- E, finalmente - disse Corky, soltando um suspiro -, se a
crosta de fusao e os condrulos nao forem convincentes o
bastante, nós, astrónomos, temos um método infalível para
confirmar que um meteorito é autêntico.
- E que método é esse?
Corky fez um gesto vago com as maos e disse:
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