E lamentam os pais, que, se acreditam ser muito difícil mudar a organização do trabalho, entendem ser possível ter outra organização do calendário escolar, com as escolas a manterem-se de portas abertas durante mais tempo, como as creches que só encerram um mês. A ideia não é ter mais aulas, mas distribuir o tempo de forma mais “enriquecedora”, combinando atividades letivas com outras de carácter desportivo, lúdico, sugere Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais. “A escola seria uma espécie de supervisora das respostas, que teriam de ser preparadas com freguesias, associações, instituições da comunidade, outras escolas, com quem podiam estabelecer programas de intercâmbio entre alunos. Os do interior vinham ao litoral. Os do litoral iam conhecer o interior. Não é querer descartar os filhos. É acreditar que a escola é a instituição que melhor pode ajudar a responder às necessidades das famílias na educação dos filhos.”