“O debate sobre a duração das férias terá um dia de ser feito. A organização do trabalho no nosso país, dificultando, por exemplo, as chamadas férias de mid-term dos pais em novembro ou fevereiro, como tantos outros países têm, leva a que as férias tenham mesmo de ser ‘grandes’. Há um rigor anacrónico dos empregadores”, lamenta o pedopsiquiatra Mário Cordeiro.
As férias ‘grandes’ são demasiado grandes? Os números disponíveis não fazem juízos de valor, mas indicam que Portugal é um dos países onde as aulas são interrompidas durante mais tempo: 12 a 13 semanas. Muito poucos Estados europeus iniciam o ano letivo tão tarde — normalmente, as escolas portuguesas têm até 15 de setembro para abrir, mais dia menos dia. E muitos arrastam as aulas até julho ou quase. Quem acaba mais cedo é porque tem pouco tempo para desfrutar de dias luminosos e amenos, como nos países mais a norte.