Num país que tem das maiores férias escolares, a angústia com a ocupação dos filhos repete-se todos os anos. O que fazer? Arranjar muitas atividades para ocuparem o tempo? Ou dar liberdade para usarem ainda mais o telemóvel e o computador?
Faltam 61 dias para o regresso oficial às aulas. São quase nove semanas de férias. Dois meses sem horários, sem trabalhos de casa, sem ter de olhar para os livros. E se muitos adultos adorariam ter tanto tempo livre para não fazer nada, quando a questão se coloca em relação aos mais novos os termos invertem-se. É demasiado tempo. É preciso ocupá-los. Ver se os avós podem ficar com os filhos, se o amigo os pode ir buscar ao futebol ou à ginástica, levá-los para o trabalho, controlar à distância o tempo passado no sofá em frente à TV ou no quarto com o rato do computador numa mão e o telemóvel na outra. Este é o dilema vivido por muitos pais, pelo menos até à altura em que todos conseguem estar de férias ao mesmo tempo. Só que as contas não batem certo. Quem trabalha tem um mês de férias, quem estuda tem por esta altura quase três.