Na prática, quem pode ou quem não tem outra alternativa acaba por recorrer a organizações que promovem atividades para ocupar o tempo. Nada de mal, desde que não sejam uma extensão da escola. “Explicações, manuais para férias e coisas quejandas, além de um bom negócio para quem as promove, são atividades que, na esmagadora maioria dos casos, são inúteis, maçadoras e contraproducentes. Férias são férias e, para crianças, adolescentes ou adultos, só têm efeito e eficácia se forem algo diferente do quotidiano dos restantes meses”, diz Mário Cordeiro. Não é opinião, é um facto. “O saber acerca da neurologia e da fisiologia neurológica das crianças mostra que elas aprendem em tempo de férias, mas se não estiverem a fazer ‘mais do mesmo’”, reforça.