Cerca de 19 milhões de pessoas não estão cientes de seu status de HIV positivo no mundo, revelou nesta quarta-feira um relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS, na sigla em inglês).
O relatório da ONU documentou a taxa mais baixa de infeção pelo HIV globalmente no ano passado, que foi de 2,1 milhões de pessoas. Nos últimos três anos, as novas contaminações do vírus diminuíram 13%.
O UNAIDS estimou que 35 milhões de pessoas conviveram com o HIV em 2013. O número de mortes causadas por AIDS caiu para o ponto mais baixo desde o pico registrado em 2005, com um declínio de 35%. A tuberculose continuou sendo a causa principal de mortes entre as pessoas com HIV.
"Esforços são necessários para reduzir a lacuna entre as pessoas que sabem de seu status de HIV e aquelas que não sabem, entre as pessoas que têm acesso a serviços e aquelas sem esses serviços, assim como entre as pessoas que estão protegidas e aquelas que não", disse Michel Sidibe, o diretor executivo da UNAIDS.
Sidibe previu que o mundo vai estar no caminho para acabar com a epidemia até 2030 se a ampliação do tratamento de HIV for acelerada.
Para eliminar a epidemia na próxima década, o mundo deve prevenir 18 milhões de novos casos de infecção de HIV, bem como 11,2 milhões de mortes relacionadas à AIDS entre 2013 e 2030.
O relatório revelou que 15 países têm mais de 75% dos 2,1 milhões de infecções de HIV, que ocorreram no ano passado. Na África subsaariana, três países, nomeadamente Nigéria, África do Sul e Uganda, representam 48% de todos os casos de contaminação.
O maior número em população com HIV foi o da África subsariana, com 24,7 milhões de pessoas. A Ásia e o Pacífico possuem o segundo maior contingente que, estimasse que possa atingir 4,8 milhões de pessoas.