Quando esta quarta-feira se sentar no Parlamento para explicar aos deputados o que fez no seu mandato, José de Matos deveria estar a cinco dias de deixar de ser presidente executivo da Caixa.
Será José de Matos, o presidente demissionário da Caixa, a estrear a nova CPI, uma Comissão que se prevê polémica e se teme possa fragilizar o banco público, numa altura em que se aguarda pela autorização da Comissão Europeia para uma recapitalização dura de negociar. O Banco Central Europeu (BCE), conforme noticiou o Expresso este fim de semana, já fez saber que os €5.100 milhões pretendidos pelo futuro presidente, António Domingues, no âmbito de um plano feito em conjunto com a Mckinsey, são acima das reais necessidades da Caixa. E a Direção Geral da Concorrência Europeia (DG COMP), que tem os concorrentes da Caixa de olhos postos nesta operação, tem dito que não autorizará uma recapitalização que não respeite as leis do mercado.