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a chamada em espera e agora, supostamente, estava
tentando, com prioridade máxima, passá-la para o presidente.
Quatro minutos, pensou Rachel. Vamos, depressa!
Fechando os olhos, ela tentou se concentrar. Tinha sido um
dia daqueles. Estou em um submarino nuclear, pensou
consigo mesma, sabendo quanta sorte tinha de estar ali. De
acordo com o comandante do submarino, o Charlotte estava
em missao de rotina, patrulhando o mar de Bering dois dias
antes, quando havia captado estranhos sons vindos da
plataforma de gelo Milne - perfuracoes, ruído de jactos, várias
comunicacoes codificadas por rádio. Tinham sido
redireccionados para lá e instruídos a manter silêncio e ouvir.
Há cerca de uma hora, captaram uma explosao na geleira e
se aproximaram para averiguar. Foi entao que ouviram o
S.O.S. de Rachel.
- Faltam só três minutos! - Tolland estava bastante ansioso,
olhando seu relógio sem parar.
Rachel também estava ficando nervosa agora. Por que estava
demorando tanto? Por que o presidente nao tinha aceitado
seu chamado? Se Zach Herney fosse a público com os dados
da forma que eles haviam sido enviados...
Ela evitou pensar naquilo e sacudiu o fone. Vamos, atenda!
Quando a telefonista da Casa Branca chegou a poucos
metros da Sala de Imprensa, deu de cara com uma barreira
humana de membros da equipe do presidente. Todos
estavam falando, entusiasmados, e fazendo os últimos
preparativos. Ela viu o presidente a uns 20 metros de
distancia esperando para entrar em cena. O pessoal da
maquiagem continuava em volta dele, fazendo retoques.
- Abram caminho! - disse a telefonista, tentando passar no
meio daquele monte de gente. - Telefonema para o
presidente. Com licenca, me deixem passar!
- Entramos no ar em dois minutos! - gritou um coordenador de
operacoes. Agarrada ao telefone, a moca forcou caminho em
direccao ao presidente.
- Chamada para o presidente! - ela disse, ofegante. - Abram
caminho!
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