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CAPíTULO 67
A central de atendimento da Casa Branca ficava no térreo da
Ala Leste.
Havia sempre três telefonistas de plantao. Naquele momento,
apenas duas estavam sentadas diante do painel. A terceira
estava correndo a toda a velocidade em direccao à Sala de
Imprensa, carregando nas maos um telefone sem fio. Ela
tentou passar a ligacao para o Salao Oval, mas o presidente
já havia saído em direccao ao local da colectiva. Ela havia
tentado ligar para os celulares de seus auxiliares directos,
mas, antes de pronunciamentos televisionados, todos os
telefones celulares dentro da sala eram desligados para evitar
interrupcoes.
Sair correndo com um telefone sem fio directamente para o
presidente numa hora daquelas parecia no mínimo
questionável. Ainda assim, quando a agente de ligacao entre
a Casa Branca e o NRO ligou dizendo que tinha informacoes
urgentes de que o presidente precisava tomar conhecimento
antes de entrar em cadeia nacional, a telefonista nao pensou
muito e saiu em disparada. A pergunta agora era se ela
chegaria ou nao a tempo.
No pequeno gabinete médico a bordo do Charlotte, Rachel
estava com o fone agarrado ao ouvido, esperando para falar
com o presidente.
Sentados ali perto, Tolland e Corky ainda pareciam bastante
atordoados. Corky estava com uma escoriacao profunda no
rosto e tinha recebido cinco pontos na ferida. Todos os três
haviam recebido roupas de baixo térmicas e grossos
macacoes de voo da Marinha, além de grandes meias de la e
botas militares. Segurando uma chávena quente de café
requentado, Rachel estava quase se sentindo humana
novamente.
- Por que a demora? - perguntou Tolland, agitado. - Faltam só
quatro minutos! Rachel nao sabia o que estava acontecendo
do outro lado. Ela havia conseguido falar com uma das
telefonistas da Casa Branca, explicado quem era e que aquilo
era uma emergência. A telefonista pareceu simpática, colocou
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