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dobro para colocarmos "Pepsi: para uma nova geracao". Mas,
de acordo com as leis federais, se nossa nave tiver qualquer
propaganda, seremos proibidos de lancá-la.
- De facto, é o que diz a lei - respondeu Sexton. - Mas, se eu
for eleito, vou trabalhar para que essa legislacao
antipropaganda seja abolida. Isso é uma promessa. O espaco
deveria estar tao disponível para publicidade quanto cada
milímetro da Terra.
O candidato parou e olhou para sua audiência, seus olhos
travando contacto com cada um deles, sua voz tornando-se
solene.
- Temos que estar cientes, contudo, de que o maior obstáculo
à privatizacao da NASA nao sao as leis. é a percepcao do
grande público.
Muitas pessoas ainda têm uma visao romantica do programa
espacial americano. Ainda acreditam que a NASA é uma
agência necessária ao funcionamento de nosso governo.
- Culpa desses malditos filmes de Hollywood! - queixou-se
outro homem.
- Afinal, quantas toneladas de lixo no estilo NASA-salva-o-
mundo-de-um-asteróide-mortal esses idiotas conseguem
produzir? Isso é propaganda!
O boom de filmes sobre a NASA era uma simples questao
economica, como Sexton bem sabia. Depois do grande
sucesso de Top Gun: Ases Indomáveis, um dos primeiros
filmes de Tom Cruise, que mais parecia uma propaganda de
duas horas da Marinha norte-americana, a NASA
compreendeu o enorme potencial de Hollywood como centro
de divulgacao e relacoes públicas. Discretamente, a agência
espacial comecou a oferecer aos estúdios de cinema acesso
gratuito para filmagens em todas as suas impressionantes
locacoes: torres de lancamento, controle de missoes, locais
de treino de pilotos, etc. Acostumados a pagar caro para obter
esse tipo de autorizacao, os produtores aproveitaram a
oportunidade de economizar milhoes em seus orcamentos
fazendo filmes de accao que se passam nos cenários
"gratuitos" da NASA. Claro que Hollywood só tinha acesso
aos locais depois que a NASA aprovasse o roteiro.
Dan_Brown_-_A_conspirao 261