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transparente e, aos poucos, ejectava um papel denso e
enrolado. Norah esperou até que a impressao houvesse
terminado, depois colocou a mao por baixo do plástico e
pegou a folha impressa. Eles vao ver, pensou ela, levando a
impressao até bem perto do sinalizador para que todos
pudessem examiná-la. Nao vai ter nenhuma água salinizada.
Todos se juntaram em torno de Norah enquanto ela se
posicionava perto do sinalizador, agarrando firmemente a
impressao com suas luvas. Ela respirou fundo e desenrolou o
papel para examinar os dados. A imagem impressa, contudo,
fez com que tremesse, horrorizada.
- Meu Deus!
Norah olhou para a folha, sem acreditar no que estava vendo.
Como era esperado, a impressao revelou uma seccao
transversal bastante nítida do poco de extracao cheio d'água.
O que ela jamais teria imaginado ver, contudo, eram os
contornos acinzentados e pouco nítidos de uma forma
humanóide flutuando a meio caminho do fundo do poco. Seu
sangue gelou.
- Meu Deus, há um corpo dentro do poco. Todos olharam
assustados, sem dizer uma palavra.
Como um fantasma, o corpo flutuava de cabeca para baixo no
poco estreito. Envolvendo-o, como uma espécie de capa,
havia uma estranha aura. Norah entendeu, entao, o que era
aquilo. O GPR capturara um traco vago do pesado casaco da
vítima: um grosso, longo e familiar casaco de la de camelo.
- é o Ming - sussurrou. - Ele deve ter escorregado...
Norah Mangor nunca pensou que ver o corpo de Ming dentro
do poco seria o menor dos dois choques que aquela
impressao iria revelar, mas, quando seus olhos continuaram
descendo em direccao ao fundo do poco, ela viu algo mais.
O gelo sob o poco de extracao...
Norah observou, pensativa. Sua primeira idéia era de que
algo tinha dado errado na varredura. Depois, conforme
estudou a imagem mais atentamente, uma compreensao
perturbadora comecou a crescer dentro dela, como a
tempestade se formando em torno deles. As pontas do papel
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