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- Mike - respondeu ela, perdendo a paciência -, nao tente
ensinar o padre a rezar a missa. Para seu conhecimento, há
mais de 200 espécies de diatomáceas que vivem sob as
plataformas de gelo do ártico.
Catorze espécies de nanoflagelados autotróficos, 20
flagelados heterotróficos, 40 dinoflagelados heterotróficos e
muitos metazoários, incluindo poliquetas, anfípodes,
copépodes, eufausiáceos e peixes. Alguma dúvida? Tolland
fechou a cara.
- Você certamente conhece bem melhor que eu a fauna do
ártico, e ambos concordamos que há uma grande abundancia
de vida abaixo de nós. Entao por que você é tao cética a
respeito de termos visto plancton bioluminescente?
- Por um motivo simples, Mike: este poco está selado. é um
ambiente fechado de água doce. Seria impossível encontrar
plancton marinho aí dentro.
- Eu senti gosto de sal na água - insistiu Tolland. - Leve, mas
definitivamente presente. A água marinha de alguma forma
entrou aí.
- Certo - respondeu Norah, céptica. - Entao vamos dizer que
você tenha mesmo sentido gosto de sal. Você lambeu o
punho de uma velha parca suada e depois disso concluiu que
as varreduras de densidade do PODS e 15 diferentes
amostras do núcleo estao incorrectas.
Tolland levantou a manga molhada de sua parca como prova.
- Olha, eu nao vou lamber sua maldita jaqueta. - Ela olhou
para o poco. - Posso perguntar por que uma súbita multidao
de suposto plancton decidiu vir nadar aqui dentro através da
suposta fenda?
- Calor? - especulou Tolland. - Muitas criaturas marinhas sao
atraídas pelo calor. Quando extraímos o meteorito, nós o
aquecemos. O plancton pode ter sido atraído instintivamente
na direccao do ambiente temporariamente mais quente do
poco.
Corky concordou.
- Isso me parece lógico.
- Lógico? - Norah olhou para cima, com desdém. - Você sabe,
para um físico premiado e um oceanógrafo de fama mundial,
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