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alguém houvesse salpicado faíscas azul-esverdeadas sobre
ela. Olhou durante um bom tempo para aquela cintilacao.
Algo ali lhe parecia peculiar.
à primeira vista, achou que a água estava apenas refletindo o
brilho dos focos de luz do outro lado do domo. Depois,
percebeu que nao era nada disso. As cintilacoes possuíam
uma coloracao esverdeada e pulsavam com um ritmo
definido, como se a superfície da água estivesse viva e
iluminada de dentro.
Preocupado, Tolland ultrapassou a área demarcada pelos
cones para olhar mais de perto.
Do outro lado da habisfera, Rachel Sexton saiu de dentro do
trailer e mergulhou na escuridao. Ela parou por um instante,
procurando alguma referência ao seu redor. A habisfera era
agora uma enorme caverna, iluminada apenas pelo fulgor
incidental que se espalhava, vindo das fortes luzes
projectadas contra a parede norte. Como o escuro a deixava
um pouco tensa, dirigiu-se para a área de imprensa.
Rachel tinha ficado feliz com o resultado de sua apresentacao
para a equipe da Casa Branca. Depois que retomara o
controle após a manobra inesperada do presidente, tinha
conseguido transmitir de forma directa tudo o que sabia sobre
o meteorito. Enquanto estava falando, via as expressoes no
rosto da equipe presidencial passando da completa
incredulidade para uma crenca esperancosa, até chegar,
finalmente, a uma aceitacao repleta de espanto.
- Vida extraterrestre? - tinha ouvido um deles dizer. - Você
sabe o que isso significa?
- Sim - respondeu um outro. - Significa que vamos ganhar a
eleicao.
Rachel aproximou-se da área de imprensa pensando no
anúncio que viria em breve. Nao pode deixar de pensar se
seu pai realmente merecia o rolo compressor que estava
prestes a passar por cima dele, esmagando sua campanha
com um único golpe.
A resposta, claro, era sim.
Todas as vezes que Rachel sentia algum tipo de piedade por
seu pai, tudo o que tinha a fazer era lembrar-se da mae,
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