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diferencas sutis de luminosidade e transparência. As camadas
variavam de espessura, indo de algo próximo a uma folha de
papel até cerca de meio metro.
- Cada inverno traz uma nova precipitacao de gelo à
plataforma - explicou Norah -, e cada primavera provoca um
degelo parcial. Entao vemos uma nova camada de
compressao a cada estacao. Comecamos pelo topo, que
indica o inverno mais recente, e vamos contando para trás.
- é como contar anéis em um tronco de árvore, entao? –
perguntou Rachel.
- Nao é assim tao simples, senhorita Sexton. Lembre-se,
estamos medindo centenas de metros de camadas.
Precisamos ler também os dados climatológicos para usá-los
como referência no trabalho: registros de precipitacao,
poluicao do ar, essas coisas.
Tolland e os outros haviam se juntado a elas agora. O
oceanógrafo sorriu para Rachel e disse:
- Ela sabe tudo sobre gelo, nao é?
Rachel sentiu-se estranhamente feliz ao vê-lo.
- é incrível.
- A datacao da doutora Mangor, de 1716, está absolutamente
correcta. A NASA havia concluído exactamente isso antes
que chegássemos aqui. Ela fez suas próprias perfuracoes,
retirou suas amostras, fez seus testes e confirmou o trabalho
da agência - disse Tolland.
Rachel estava impressionada.
- Coincidentemente - Norah prosseguiu -, o ano de 1716 é
exactamente o mesmo em que alguns exploradores relataram
ter visto uma brilhante bola de fogo cruzando os céus sobre o
norte do Canadá. O meteoro foi baptizado como Jungersol,
em homenagem ao líder da exploracao.
- Entao - acrescentou Corky - o facto de que a datacao da
amostra e os registros históricos coincidem é uma prova muito
forte de que estamos olhando para um fragmento do mesmo
meteorito que Jungersol disse ter visto em 1716.
- Doutora Mangor! - gritou um dos trabalhadores da NASA. -
Já podemos ver as primeiras amarras!