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CAPíTULO 27
O centro da habisfera da NASA destacava-se uma estrutura
com três pés, de pouco mais de cinco metros de altura,
constituída de um andaime modular. Parecia uma combinacao
de torre de exploracao de petróleo com um modelo maluco da
Torre Eiffel. Rachel observou o dispositivo, mas foi incapaz de
imaginar como aquilo poderia ser usado para extrair o enorme
meteorito.
Abaixo da torre, diversos guinchos haviam sido aparafusados
em folhas de metal que, por sua vez, foram fixadas no gelo
com grandes pinos.
Enroscados em volta dos guinchos, cabos de aco subiam por
uma série de polias até ao alto da torre. De lá, mergulhavam
verticalmente em furos estreitos abertos no gelo por
perfuratrizes. Vários trabalhadores musculosos da NASA se
revezavam na tarefa de girar as manivelas dos guinchos. A
cada nova volta, os cabos deslizavam alguns centímetros
para cima através dos furos, como se os homens estivessem
puxando uma ancora.
Obviamente há algo que nao estou entendendo, pensou
Rachel, enquanto ela e os outros se aproximavam do local da
extraccao. Os homens da NASA pareciam estar erguendo o
meteorito directamente através do gelo.
- MANTENHAM A TENSAO CONSTANTE! MAS QUE
DROGA! - gritou uma voz feminina por perto, com a
suavidade de uma serra elétrica.
Rachel olhou na direccao da voz e viu uma mulher baixa
usando uma roupa de proteccao contra o frio amarela e suja
de graxa. Ela estava de costas para Rachel, mas ainda assim
nao havia a menor dúvida de que estava no comando da
operacao. Fazendo anotacoes em uma prancheta, a mulher
andava de um lado para o outro, observando, como um
treinador agitado.
- Nao me digam que as donzelas já estao cansadas! Corky
gritou: - Ei, Norah, pare de chatear esses pobres coitados e
venha aqui para um papo mais íntimo.
A mulher nem se virou.