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- Ele se parece muito com uma rocha que alguém jogou em
uma lareira e deixou queimando.
Corky comecou a rir.
- Teria sido uma lareira dos infernos! A fornalha mais
poderosa que já conseguimos construir nao chega nem perto
de reproduzir o calor que um meteorito agüenta quando entra
em nossa atmosfera.
Tolland sorriu, condescendente, para Rachel.
- Agora vem a parte boa - disse Tolland.
- Pense nisso - prosseguiu Corky, pegando a amostra de
volta. – Vamos imaginar que este garotao aqui é do tamanho
de uma casa. - Segurou a amostra bem alto acima de sua
cabeca. - O.k., ele está no espaco flutuando pelo nosso
sistema solar, resfriado pela temperatura do espaco a -100°
Celsius.
Tolland estava rindo para si mesmo, aparentemente por já ter
visto a encenacao de Corky mostrando a chegada do
meteorito na ilha de Ellesmere. Corky comecou a baixar a
amostra.
- Nosso meteorito está se dirigindo para a Terra e, conforme
se aproxima, a gravidade se apodera dele fazendo com que
acelere mais e mais.
Rachel observou enquanto ele acelerava a trajetória da
amostra em sua mao, simulando a aceleracao da gravidade.
- Agora está se movendo muito rapidamente - exclamou o
cientista. - Mais de 60 mil quilometros por hora! Cento e trinta
e cinco quilometros acima da superfície da Terra, o meteorito
entra em forte atrito com a atmosfera. - Corky sacudia a
amostra violentamente enquanto a baixava na direccao do
gelo. - Abaixo de 100 quilometros já comeca a brilhar! O ar
em volta do meteorito está se tornando incandescente, e o
material da superfície se funde por causa do calor. - Corky
comecou a fazer sons engracados de coisas queimando e
fritando. - Agora está cruzando a marca dos 80 quilometros, e
seu exterior atinge mais de 800° Celsius!
Rachel continuava olhando a cena, sem acreditar que o
astrofísico ganhador da medalha de honra estivesse
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