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enquanto o meteoro cai em nossa atmosfera. Todos os
meteoritos possuem essa crosta. - Corky passou rapidamente
para a próxima amostra. - Este aqui é o que chamamos de um
meteorito rochoso-ferroso. Rachel observou a nova amostra,
notando que ela também estava carbonizada na parte
externa. Sua coloracao era verde-clara, e a seccao interna
parecia uma colagem de fragmentos angulares coloridos,
como em um caleidoscópio.
- Bonito.
-Você está brincando, isto é lindo! - Corky falou por algum
tempo sobre o alto conteúdo de olivina e como isso causava o
brilho esverdeado, depois pegou dramaticamente a terceira e
última amostra, entregando-a para Rachel.
Ela segurou o último meteorito na palma da mao. Sua
coloracao era marrom-acinzentada, lembrando granito.
Parecia só um pouco mais pesado do que uma pedra terrestre
do mesmo tamanho. A única indicacao de que nao era uma
pedra comum era sua crosta de fusao - a superfície externa
carbonizada.
- Nós dizemos que este aí é um meteorito rochoso. é a classe
mais comum de meteoritos. Mais de 90% dos meteoritos
encontrados na Terra pertencem a essa categoria.
Rachel ficou surpresa. Ela sempre tinha pensado nos
meteoritos como algo semelhante à primeira amostra:
glóbulos metálicos de aparência alienígena. O meteorito em
sua mao nao tinha nada de excepcional.
Tirando o facto de que havia sido carbonizado por fora, podia
ser confundido com uma rocha comum.
Os olhos de Corky agora estavam quase pulando fora das
órbitas de tanto entusiasmo.
- O meteorito que está enterrado no gelo aqui em Milne é do
tipo rochoso, bastante parecido com o que está em suas
maos. Esses meteoritos sao quase idênticos às rochas
vulcanicas da Terra, o que dificulta sua deteccao. Em geral
sao uma mistura de silicatos leves - feldspato, olivina,
piroxênio. Nada muito divertido.
Concordo, pensou Rachel, devolvendo a amostra.