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pesadas botas de marinheiro, em vez do uniforme-padrao
branco que os funcionários da NASA vestiam.
Estava de costas para eles quando se aproximaram.
O administrador pediu a Rachel que esperasse e caminhou na
direccao do homem. Os dois conversaram brevemente. Em
seguida, ele assentiu cordialmente e comecou a desligar seu
computador. Ekstrom voltou para falar com Rachel.
- O senhor Tolland irá cuidar de você de agora em diante. Ele
também foi recrutado pelo presidente, entao creio que vocês
vao se entender bem.
- Obrigada.
- Suponho que você já tenha ouvido falar de Michael Tolland.
Rachel deu de ombros, seu cérebro ainda tentando
compreender aquele lugar incrível.
- O nome nao me diz nada.
O homem se aproximou, sorrindo.
- Nao lhe diz nada? - Sua voz era profunda e amigável. - Esta
é a melhor notícia que tive hoje. Parece que nao consigo mais
me apresentar por conta própria.
Quando Rachel olhou para ele, congelou. é claro que
conhecia aquele rosto bonito. Todo mundo nos Estados
Unidos o conhecia.
- Ah - disse ela, corando quando o homem apertou sua mao. -
Você é o Michael Tolland.
Quando o presidente contara a Rachel que ele havia
recrutado cientistas civis de primeira linha para verificar a
autenticidade da descoberta da NASA, ela tinha imaginado
um grupo de "nerds" esquisitoes, carregando nos bolsos
calculadoras com suas iniciais gravadas. Michael Tolland era
o contrário de tudo aquilo.
Ele era uma das mais conhecidas "celebridades do mundo
científico" dos Estados Unidos, em grande parte por ser o
apresentador de um documentário semanal na televisao
chamado Maravilhas aos mares, no qual mostrava aos
espectadores fenomenos fascinantes dos oceanos, como
vulcoes submarinos, serpentes marinhas de três metros e
tsunamis. A mídia elogiava Tolland, tido como uma mistura de
Jacques Cousteau com Carl Sagan, dizendo que seus