O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se encontrará nesta quarta-feira (9) em Brasília com um representante do Loon, projeto do Google que pretende oferecer acesso à internet por meio de balões que se deslocam na estratosfera.
O objetivo é discutir a adoção da tecnologia --que busca atender áreas remotas, zonas rurais e locais atingidos por desastres naturais-- em regiões como a Amazônia.
Bernardo receberá Mohammad Gawdat, vice-presidente de inovação empresarial do Google X, divisão futurística da empresa onde foram gestados, além do Loon, os óculos inteligentes Glass e o carro sem motorista.
Em fase embrionária, o projeto realizou um teste piloto em junho, na Nova Zelândia. Os balões, que ficam a 20 quilômetros de altura, proveem acesso à rede com velocidade equivalente à do 3G.
"O Brasil é um dos países mais ativos na internet, mas a penetração da rede em áreas remotas ainda é muito baixa", afirmou à Folha Mike Cassidy, líder do projeto.
"O território é enorme, há montanhas e florestas tropicais, então é difícil espalhar torres de celular pelo país. Há um grande potencial para a implementação do Loon."
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com Cassidy.
*
Expectativas sobre a reunião有关会议的的展望
O projeto ainda está no começo. Fizemos alguns testes-piloto na Nova Zelândia, mas ainda temos um caminho muito longo, sob o ponto de vista técnico, para fazer com que os balões durem o suficiente e se comuniquem melhor. Estamos começando a nos encontrar com mais pessoas ao redor do mundo e a ouvi-las.
Ouviremos o ministro das Comunicações do Brasil para saber quais são as necessidades do país, qual parcela da população não tem acesso à internet, que tipo de acesso as pessoas estão procurando, como as operadoras de telefonia trabalham.
Implementação no Brasil在巴西的实施情况
É difícil prever o cronograma de um projeto como este. Até agora, nós temos ido muito bem quanto a atingir nossas metas. Nós havíamos previsto lançar o piloto na Nova Zelândia em junho e o lançamos em junho.
Mas o Loon não é algo que será lançado no mundo inteiro daqui a três ou quatro meses. Levaremos anos para construir a tecnologia do jeito certo, alcançar vários países e operar com eles.
Nós pretendemos realizar mais alguns voos na Nova Zelândia, provavelmente ainda neste ano. Balões lançados lá podem cobrir a Austrália, a Argentina e o Chile, e alguns deles podem chegar ao Uruguai, ao Brasil ou à África do Sul em algum momento. Nós queremos começar a falar agora com as pessoas nesses países para ver quais são suas impressões e seus objetivos.
Modelo de negócio商业模式
Ainda não definimos o modelo de negócio, nem nada sobre preços. O próprio Google começou sem ter um modelo de negócio definido. Nós apenas queríamos organizar as informações do mundo construindo um ótimo mecanismo de busca.
Estamos confiantes. A necessidade é tão grande --dois terços das pessoas no mundo não têm acesso à internet-- que estou certo de que vai emergir um modelo de negócio que funcionará para todos.
Velocidade提速
Para pessoas que não têm internet nenhuma, até 100 kilobits por segundo é bastante bom. Nós estamos muito felizes com as velocidades de 3G. Você pode ver vídeos --não em alta definição, mas pode--, fazer buscas, ver relatórios de clima, informações médicas. Acho que as pessoas às vezes se esquecem de que mesmo 3 megabits por segundo podem ser maravilhosos para quem não tinha internet nenhuma.
Custos do projeto项目成本
É como a primeira vez em que se constrói um carro ou um avião. Não sei exatamente os custos atuais. Temos nos esforçado bastante para reduzi-los.