Na escola de ensino fundamental, a matemática é trabalhada com jogos e desafios entre as turmas de diversos anos. No intervalo, por exemplo, é feita uma gincana diária com problemas de tabuada. O aluno vencedor da semana recebe um mimo para estimular o estudo.
A professora Maria Aparecida Correia de Freitas comemorou o sucesso da escola, que pela terceira vez chega à final da Jornada. "Os alunos começam a gostar e ver que matemática não é um bicho de sete cabeças, pode ser prazerosa", afirma.
Os professores da escola também apresentam os conteúdos de matemática com atividades do cotidiano e problemas dentro e fora da sala de aula. Para Maria Aparecida esse é o segrego da unidade.
"Trabalho com jogos, com desafios. A sala fica mais bagunçada, mas tem que diversificar as atividades, sair um pouco daquela rotina", considera. "Minha escola é de periferia, eu não tenho grandes incentivos de pais. Mas com essas competições, os demais alunos veem e ficam com vontade de participar também e começam a se esforçar mais."
Lógica da diversão
O resultado são crianças que sentem prazer em uma das disciplinas mais temidas do currículo escolar.
"Acho que gosto de matemática desde o primeiro ano", conta Samuel Facchetti de Matos, 11. O jovem conta que faz conta o tempo todo em casa para treinar para os desafios: "calculo troco de cabeça, faço adição, subtração. Calculo quanto vai sobrar".
A técnica é usada também por Letícia Victoria Schimith Machado, 11, que disse estar muito feliz com o prêmio por saber que seu pai ficaria orgulhoso.
Os sete estudantes vencedores da Jornada, organizada pela Secretaria de Educação de São Paulo, ganharam um tablet e livros para continuarem sua jornada pessoal de estudos.