O principal laboratório biológico da China atribuiu a gripe aviária H7N9 a um reagrupamento genético do vírus entre aves selvagens provenientes do Leste Asiático e frangos do leste da China.
Os investigadores determinaram que nenhum gene do H7N9 podia ser rastreado em porcos, então, excluiu-os como portadores intermédios do novo tipo mortal de gripe aviária, disse nesta quarta-feira o Laboratório Principal de Microbiologia Patogênica e Imunologia da Academia Chinesa de Ciências.
De acordo com os pesquisadores, o reagrupamento genético possivelmente ocorreu nas áreas do delta do rio Yangtze, leste da China, que abrange Shanghai, Zhejiang e Jiangsu.
Os estudiosos descobriram que um vírus encontrado em aves silvestres provenientes da Coreia do Sul e de outras regiões asiáticas orientais mesclou-se com o vírus da gripe aviária de patos e frangos do delta do rio Yangtze durante sua migração.
A pesquisa do laboratório mostra que os segmentos genéticos H7 e N9 do H7N9 são semelhantes aos das amostras de gripe aviária recolhidas em aves silvestres do Leste Asiático, enquanto outros seis genes foram rastreados em frangos de Shanghai, Zhejiang e Jiangsu na China.
A razão pela qual o H7N9 é menos prejudicial para outros animais do que para os humanos é a mutação viral, disseram os pesquisadores, acrescentando que realizaram observação da mutação dos genes N9.
Especialistas em animais e cientistas reforçaram a vigilância das vias de migração de aves para impedir a expansão do H7N9, disse a Associação de Conservação da Vida Selvagem da China.
A nova gripe aviária causou a morte de nove dos 33 infectados pelo H7N9 na China.
Algumas pessoas especularam que o novo vírus está relacionado com os porcos mortos encontrados flutuando no rio Huangpu de Shanghai no mês passado, apesar de o governo local reforçar que não é o caso.
A polícia da Província de Guizhou, sudoeste da China, anunciou que prendeu três pessoas por inventar rumores na internet de que o vírus mortal tivesse sido detectado na província.
Por Xinhua