A política de filho único relaxada da China trará desafios para os tratamentos de saúde reprodutiva, maternal e neonatal devido à idade materna cada vez mais velha, indicou um alto-funcionário de saúde.
Wang Guoqiang, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, fez a observação em uma conferência sobre a saúde materna e infantil realizada na quinta-feira.
Wang disse que, à medida que muitas mulheres dão luz a um segundo filho com idade materna mais velha, a possibilidade de complicações maternas e defeitos de nascimento será maior.
Por isso, é essencial que entidades nacionais de saúde promovam sua capacidade de fornecimento de serviços de obstetrícia e de parto, tratamento de mães e recém-nascidos em condição crítica, e de cuidado pré-natal e controle de defeitos de nascimento.
Estima-se que mais 2 milhões de crianças nascerão todos os anos por causa da política menos estrita, sendo 80% delas em cidades.
A China planeja alocar 10,7 bilhões de yuans (US$ 1,72 bilhão) para construir mais de 1.100 instalações de saúde materno-infantil durante o 12º plano quinquenal (2011-2015).
A política de planejamento familiar da China foi adotada pela primeira vez no final dos anos 1970 para controlar a crescente população. Segundo a regra, a maioria dos casais urbanos somente podia ter uma criança, enquanto os rurais podiam ter duas se a primeira fosse uma menina.
Em novembro do ano passado, o Partido Comunista da China decidiu que a China afrouxaria a política que se aplicava há décadas, permitindo que casais tenham seu segundo filho se um deles for filho único.
No passado, casais urbanos podiam ter dois filhos somente quando tanto a mãe quanto o pai fosse filho único.