Enviar amostras de sangue para o exterior para fazer determinação de sexo fetal será mais difícil, como as autoridades chinesas de saúde prometeram no dia 21 combater essa prática que afeta o equilíbrio de gênero.
A Comissão Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar disse em uma declaração que algumas agências coletam amostras de sangue de mulheres grávidas e as enviam ao exterior para determinar o sexo do feto, agravando o desequilíbrio sexual do país. Essas agências fazem propaganda na internet e extraem sangue na casa do cliente ou outros lugares.
No fim de 2014, a população total da China atingiu 1,36 bilhão de pessoas, com a proporção do sexo de 105. No entanto, a proporção para os recém-nascidos ficou em 116, muito mais alta do que a média mundial.
"O problema de desequilíbrio sexual na China entre os recém-nascidos é o mais grave e o mais prolongado do mundo, e a população que ele afeta é a maior", disse o texto.
O documento reconheceu que a principal causa do desequilíbrio sexual - a preferência dos chineses por filhos homens - levou ao aborto de muitas meninas.
A determinação do sexo fetal é proibida na China, exceto se for por "necessidade médica", mas a lei não proíbe abortos.
A comissão disse que intensificará a supervisão de anúncios comerciais online sobre determinação do sexo fetal no exterior e proibirá que os sistemas de buscas da internet apresentem links para sites com esses anúncios.
As agências ilegais nessa "cadeia industrial clandestina" serão punidas rigorosamente, disse o órgão, que também advertiu os profissionais médicos de coletar, enviar ou transportar amostras de sangue para exterior para esse fim.