Nesta quarta-feira, um alto regulador de remédios chinês enfatizou medidas rigorosas para consertar as brechas no sistema de distribuição de vacinas do país.
A polícia da Província de Shandong, no leste do país, anunciou no último mês ter prendido uma mãe e sua filha, suspeitas de venderem ilegalmente vacinas armazenadas inadequadamente ou vencidas no valor de mais de 570 milhões de yuans (US$ 88 milhões) desde 2011, envolvendo 20 províncias.
O escândalo revelou problemas na distribuição de vacinas, disse Wu Zhen, vice-chefe da Administração Geral da Supervisão de Alimentos e Medicamentos (AGSAM) da China, ao participar do Fórum Boao para Ásia, na Província de Hainan, no sul do país.
A AGSAM está trabalhando com as autoridades de aplicação da lei para investigar completamente o escândalo e assegurar a segurança das vacinas, afirmou Wu.
Wu prometeu identificar e fechar as brechas, punir severamente os malfeitores e divulgar informações de maneira oportuna. As vacinas geralmente são bem administradas na China graças às regras de distribuição e uso, ele acrescentou.
A AGSAM disse na terça-feira que estipulou sexta-feira como prazo final para que as autoridades locais descubram quem compraria as vacinas em questão.
A polícia de Shandong deteve 37 suspeitos implicados no caso de vacina. Três companhias farmacêuticas estão sendo investigadas.
As polícias nas províncias de Hunan, Jiangxi e Guangdong também informaram ter detido suspeitos envolvidos no escândalo.
Embora produzidas por fabricantes licenciados, as vacinas tinham uma qualidade questionável já que não tinham sido transportadas ou armazenadas corretamente.