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CAPíTULO 130
Assim que Tolland e Rachel emergiram, ele compreendeu que
era tarde. O domo de magma havia se rompido. Quando a
parte superior do vórtice atingisse a superfície, o gigantesco
tornado submarino iria comecar a sugar tudo para o fundo.
Estranhamente, o mundo fora d'água nao era mais a
madrugada silenciosa de instantes atrás. Havia um ruído
ensurdecedor e o vento batia em sua cara como se uma
tempestade tivesse chegado depois que ele mergulhou.
Tolland estava quase inconsciente pela falta de oxigênio.
Tentou manter o corpo de Rachel acima da superfície, mas
ela estava sendo puxada de seus bracos. A corrente! Ele fez
o possível para segurá-la, mas a forca invisível aumentou,
ameacando arrancá-la de seus bracos.
De repente, nao conseguiu mais segurá-la e o corpo de
Rachel acabou deslizando de suas maos - estranhamente,
subindo.
Confuso, Michael observou enquanto Rachel saía do mar,
levitando.
Acima dele, uma aeronave Osprey, com rotores basculantes,
da Guarda Costeira, estava parada no ar e puxou Rachel para
dentro. Há 20 minutos tinham recebido um relatório de uma
explosao no mar. Como haviam perdido contacto com o
helicóptero que deveria estar na mesma área, temeram que
fosse um acidente. Digitaram as últimas coordenadas
conhecidas do Dolphin no sistema de navegacao do Osprey e
rezaram para chegar a tempo.
Quando estavam a cerca de meia milha do Goya, ainda todo
iluminado, viram destrocos em chamas flutuando na corrente.
Pareciam restos de uma lancha. Ali perto, um sobrevivente
acenava vigorosamente com os bracos, pedindo socorro. A
Guarda Costeira puxou o homem para cima.
Estava completamente nu, excepto por uma perna coberta
com fita isolante.
Exausto, Tolland olhou para a parte de baixo do enorme
aviao. As hélices, em posicao horizontal, como as de um
helicóptero, lancavam fortes rajadas de vento sobre ele.
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