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olhou para a janela esférica de seu submarino, arruinada
pelas balas.
- Dez mil libras por polegada quadrada - disse Tolland. -
Melhor usar uma arma mais poderosa da próxima vez.
Dentro do laboratório de hidrografia, Rachel sabia que seu
tempo era curto. Ouvira os tiros no convés e estava rezando
para que as coisas tivessem saído exactamente como Tolland
havia planejado. Já nao se imp0rtava em saber quem estava
por trás da fraude do meteorito – se tinha sido Ekstrom, Tench
ou mesmo o presidente.
Os culpados nao se vao safar dessa. A verdade virá à tona.
A ferida no braco de Rachel parará de sangrar e a adrenalina
que fluía por seu corpo, além de reduzir a dor, ajudava a
manter sua concentracao. Pegou caneta e papel para
escrever um bilhete de duas linhas. O texto era seco e sem
requintes, mas nao havia tempo para floreios. Acrescentou o
bilhete à pilha de papéis incriminadores que estava em suas
maos - a impressao do GPR, imagens do Bathynomus
giganteus, fotos e artigos sobre condrulos oceanicos e uma
impressao da varredura de eléctrons. O meteorito era falso e
ali estavam todas as provas.
Rachel inseriu os papéis na máquina de fax do laboratório.
Ela sabia poucos números de fax de cor e, portanto, suas
escolhas eram bem limitadas. No entanto, já tinha decidido
quem seria o destinatário daquelas páginas e de seu curto
bilhete. Digitou cuidadosamente o número que tinha em
mente.
Pressionou "Enviar", rezando para ter escolhido o destinatário
sabiamente.
O aparelho de fax emitiu um bipe.
ERRO: SEM SINAL DE CHAMADA
Rachel já estava esperando aquilo. As comunicacoes do
Goya continuavam sendo bloqueadas pela interferência. Ela
ficou ao lado do fax, esperando que aquele modelo
funcionasse como o de sua casa.
Vamos lá!
Após cinco segundos, a máquina emitiu outro sinal.
REDISCANDO...
Dan_Brown_-_A_conspirao 502