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CAPíTULO 102
O taxi de Gabrielle estava preso no engarrafamento perto do
Memorial de Roosevelt.
Olhando para os carros de bombeiros ao longe, ela tinha a
impressao de que uma bruma surreal baixara sobre a cidade.
As reportagens que chegavam pelo rádio diziam que um
funcionário de alta patente do governo podia estar dentro do
carro que havia explodido.
Gabrielle pegou o celular e ligou para o senador. Ele com
certeza já devia estar preocupado com a demora dela.
A linha estava ocupada.
Ela olhou para o taxímetro correndo e pensou no que fazer.
Alguns dos outros carros que estavam presos no transito
comecaram a subir pelas calcadas para dar a volta, em busca
de um caminho alternativo.
O motorista olhou para ela.
- Quer esperar? é você quem está pagando.
Gabrielle viu que havia mais veículos de emergência e da
polícia chegando ao local.
- Nao, é melhor darmos a volta.
O motorista resmungou que estava tudo bem e comecou a
manobrar o carro para sair dali. Ela tentou ligar para Sexton
de novo. Continuava ocupado.
Alguns minutos depois, tendo feito uma grande volta, o táxi
estava subindo a Rua C. Gabrielle viu o edifício de gabinetes
do Senado se aproximando. Pensara em ir directamente para
o apartamento do senador, mas já que seu escritório estava
tao próximo...
- Pode parar ali na frente - pediu ao motorista. - Aí mesmo.
Obrigada. O táxi parou. Gabrielle pagou a corrida e
acrescentou 10 dólares.
- Você pode me esperar 10 minutos?
O motorista olhou para o dinheiro, depois para o relógio.
- O.k., mas nem um minuto a mais.
Gabrielle se apressou. Estarei fora daqui antes disso.
Os corredores de mármore desertos pareciam quase um
cemitério àquela hora. Os músculos de Gabrielle estavam
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