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CAPíTULO 94
De pé, perto da entrada da cabime de comando do G-4,
Rachel pensava nas implicacoes do que estava prestes a
fazer. O cabo do radiotransmissor estava esticado ao máximo
para que ela pudesse fazer a chamada sem que o piloto a
ouvisse. Corky e Tolland observavam. Apesar de Rachel e o
director do NRO terem planejado nao se comunicar até que
ela chegasse à base de Bollings, próxima a Washington, a
agente tinha agora novas informacoes que Pickering com
certeza gostaria de ouvir imediatamente. Rachel ligou para o
celular que o director sempre usava e que possuía uma linha
segura. Quando ele atendeu, sua voz estava bem séria.
- Fale com cuidado, por favor. Nao posso garantir a
seguranca desta conexao. Rachel entendeu.
O celular de Pickering, como a maioria dos telefones do NRO
para uso externo, tinha um indicador para chamadas
transmitidas em linhas abertas. Como Rachel estava em um
radiofone, uma das formas de comunicacao menos seguras, o
telefone o havia alertado. Aquela conversa precisaria ser
vaga. Sem nomes, sem locais.
- Minha voz é minha identidade - disse Rachel, usando o
procedimento padrao dos agentes de campo neste tipo de
situacao. Havia esperado que o director ficasse zangado por
ela ter decidido contactá-lo, mas a reaccao de Pickering
pareceu positiva.
- Sim. Eu mesmo estava pensando em tentar falar com você.
Precisamos redireccionar. Estou preocupado que você tenha
um comitê de recepcao. Rachel estremeceu. Alguém está nos
vigiando. Podia ouvir o tom de emergência na voz do director.
Redirecionar. Entao Pickering iria gostar de saber que era
justamente esse o plano dela, apesar de as razoes serem
totalmente diferentes.
- A questao da autenticidade - disse Rachel. - Nós a
discutimos. Creio que encontramos uma forma de confirmar
ou negar categoricamente.
- Excelente. A situacao evoluiu e, com isso, terei uma base
para prosseguir.
Dan_Brown_-_A_conspirao 417