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malditos repórteres estao ligando o tempo todo. Você é a
verdadeira estrela desta noite, apesar da mancada.
Conversamos com calma quando você voltar. Tchau!"
A linha ficou muda. Michael Tolland colocou o fone de volta,
intrigado. Um erro no meu documentário?
Rachel estava no banheiro do aviao, olhando-se no espelho.
Parecia pálida e mais abatida do que tinha imaginado. O
susto daquela noite tinha mexido com ela. Ficou pensando em
quanto tempo levaria até que parasse de tremer ou
conseguisse chegar de novo perto do mar. Tirando
o boné do USS Charlotte, soltou o cabelo. Melhor assim.
Quase dá para me reconhecer.
Olhando dentro de seus próprios olhos, viu um enorme
cansaco. Por baixo daquela superfície, contudo, havia uma
forte resolucao. Aquilo vinha de sua mae. Ninguém diz o que
você pode ou nao fazer. Rachel pensou se sua mae teria visto
o que havia acontecido naquela noite.
Alguém tentou me matar, mae. Alguém tentou matar todos
nós...
Como vinha fazendo nas últimas horas, pensou de novo na
lista de nomes.
Lawrence Ekstrom... Marjorie Tench... Zach Herney. Todos
tinham motivos e, pior, todos tinham meios. O presidente nao
está envolvido nisso, Rachel dizia para si mesma, agarrando-
se à muito mais do que ao próprio pai, fosse apenas um
espectador inocente naquele incidente misterioso.
Ainda nao sabemos de nada.
Nem quem... nem se... nem por quê.
Rachel queria encontrar respostas para Pickering, mas, até
aquele ponto, tudo o que tinha conseguido era levantar novas
perguntas.
Quando saiu do banheiro, ela ficou surpresa ao ver que
Tolland nao estava em lugar nenhum. Ao olhar em volta,
avistou Corky tirando um cochilo numa poltrona mais adiante.
Logo em seguida Michael saiu da cabine de comando. O
piloto estava colocando o radiofone de volta no lugar e
Tolland parecia muito preocupado.
- O que houve? - ela perguntou.
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