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CAPíTULO 91
Michael Tolland fechou os olhos e ficou ouvindo o zumbido
grave das turbinas do G-4. Tinha desistido de continuar
pensando sobre o meteorito até voltarem a Washington.
Segundo Corky, os condrulos eram prova conclusiva: a rocha
na plataforma Milne só podia ser um meteorito. Rachel queria
ter uma resposta definitiva para William Pickering quando
chegassem, mas suas hipóteses esbarravam sempre na
questao dos condrulos. Apesar de as provas colectadas
serem cada vês mais duvidosas, o meteorito ainda parecia ser
autêntico. Nada a fazer, entao.
Rachel evidentemente ficara abalada com a experiência
traumática na geleira. Mas sua capacidade de recuperacao
deixara Tolland impressionado. Ela já estava totalmente
concentrada na questao principal, que era buscar uma forma
de invalidar ou de legitimar o meteorito, bem como descobrir
quem havia tentado assassiná-los. Durante a maior parte da
viagem, Rachel ficara sentada ao lado de Tolland. Tinha sido
bom conversar com ela, apesar do cansaco e das
circunstancias. Quando Rachel se levantou para ir ao
banheiro, Michael notou, meio surpreso, que estava gostando
da companhia dela. Ficou pensando há quanto tempo nao
sentia isso em relacao a uma mulher desde que Célia se fora.
- Senhor Tolland? - disse o piloto, que havia aberto a porta da
cabine para chamá-lo. - Você me pediu que lhe informasse
quando pudéssemos contactar seu navio por telefone. Já
posso fazer a ligacao, se quiser.
- Obrigado. - Ele se levantou e foi em direccao à cabine. Lá,
fez um chamado para sua a equipa. Queria avisá-los de que
só estaria de volta dentro de um ou dois dias. Claro que nao
tinha a intencao de contar-lhes o tamanho da encrenca em
que estava metido.
O telefone tocou várias vezes e Tolland ficou um pouco
surpreso ao ouvir o sistema de comunicacao Shincom 2100
do barco atender a ligacao. A mensagem gravada nao era a
saudacao profissional usual, e sim a voz do bagunceiro-mor
da equipe de Tolland.
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