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CAPíTULO 80
William Pickering estava olhando pela janela de seu escritório
para as luzes dos carros que cruzavam a Leesburg Highway.
Muitas vezes pensava nela quando ficava lá, sozinho, no topo
do mundo.
Todo este poder... e nao consegui salvá-la.
A filha de Pickering, Diana, havia morrido no mar Vermelho
enquanto fazia um treino a bordo de um pequeno navio de
escolta da Marinha. Seu navio estava ancorado num porto
seguro em uma tarde ensolarada quando uma pequena
embarcacao feita à mao, carregada de explosivos e manejada
por dois terroristas suicidas, moveu-se lentamente pelo porto
e explodiu ao bater no casco. Diana Pickering e 13 outros
jovens soldados americanos morreram naquele dia.
William Pickering ficou arrasado. O sofrimento tomou conta
dele durante um longo tempo. Quando descobriram que o
ataque partira de uma célula terrorista já conhecida que a CIA
estava tentando encontrar havia anos, a tristeza de Pickering
transformou-se em fúria.
Enraivecido, foi até o quartel-general da CIA e exigiu
respostas.
O que descobriu era difícil de digerir.
Aparentemente, a CIA estava preparada para atacar aquela
célula havia alguns meses e estava apenas esperando pelas
fotos de alta resolucao de um satélite para planejar um ataque
certeiro aos terroristas em seu esconderijo nas montanhas do
Afeganistao. As fotos deveriam ter sido tiradas pelo satélite de
1,2 bilhao de dólares do NRO chamado Vortex 2. Mas o
satélite tinha sido destruído quando o foguete que iria
colocá-lo em órbita explodiu na plataforma de lancamento.
Por causa do acidente da NASA, o ataque da CIA fora adiado
e, agora, Diana Pickering estava morta.
Racionalmente, o director do NRO sabia que a NASA nao era
directamente culpada, mas sentimentalmente nao conseguia
perdoá-la. A investigacao sobre a explosao do foguete revelou
que os engenheiros da agência responsáveis pelos sistemas
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