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- O meteorito de Jungersol - acrescentou Corky.
- Mas qual o valor de associar o meteorito a um impacto
registrado? - perguntou Pickering, aflito, enlouquecendo com
as hipóteses. – Esses fósseis nao seriam uma descoberta
impressionante em qualquer lugar, a qualquer tempo?
Independentemente de qual fosse o evento de queda de
meteoro ao qual ele estivesse associado?
Todos os três assentiram. Pickering hesitou, parecendo
descontente.
- A menos, é claro...
Rachel podia perceber as engrenagens se movendo por trás
dos olhos do director. Por que alguém se daria ao trabalho de
colocar o meteorito numa posicao equivalente, no substrato
geológico, à queda do Jungersol? Pickering havia encontrado
a explicacao mais simples – e mais perturbadora - para
aquela questao.
- A menos que esse posicionamento cuidadoso pretendesse
dar credibilidade a dados completamente falsos - concluiu ele,
voltando-se para Corky com uma dúvida: - Doutor Marlinson,
é possível que esse meteorito tenha sido forjado?
- Forjado, senhor?
- Sim. Falsificado. Fabricado artificialmente.
- Um meteorito falso? - Corky deu uma risadinha estranha. –
Totalmente impossível! Aquele meteorito foi examinado por
profissionais. Eu mesmo o examinei. Fizemos análises
químicas, espectrográficas e uma datacao por rubídio-
estroncio. Nao se parece com nenhum tipo de rocha
encontrado na Terra. O meteorito é autêntico. Qualquer
astrogeólogo concordará com isso.
Pickering pensou no assunto algum tempo, alisando sua
gravata enquanto isso.
- Ainda assim, considerando-se o quanto a NASA se beneficia
dessa descoberta no momento, os sinais aparentes de
manipulacao das provas e o facto de que vocês foram
atacados, a primeira e única conclusao lógica que posso tirar
é que o meteorito é uma fraude bem executada.
- Impossível! - disse Corky, zangado. - Com todo o respeito,
senhor, meteoritos nao sao como os efeitos especiais de
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