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- é mesmo? - Gabrielle tirou o envelope vermelho debaixo do
braco.
Mostrou rapidamente o selo da Casa Branca ao seguranca. -
Acabei de chegar do Salao Oval. Preciso entregar estes
papéis ao senador. Seja lá quais forem os velhos amigos com
os quais ele está se divertindo esta noite, ele vai precisar
deixá-los sozinhos por alguns minutos.
Agora, deixe-me entrar.
O guarda-costas hesitou um pouco ao ver o selo da Casa
Branca no envelope. Nao me faca abrir isto, pensou Gabrielle.
- Deixe o envelope comigo - respondeu o seguranca. - Eu o
levo até ele.
- De jeito nenhum! Tenho ordens directas da Casa Branca
para entregar isto pessoalmente. Se eu nao conseguir falar
com Sexton imediatamente, estaremos todos procurando um
novo trabalho amanha pela manha.
Entende?
O homem parecia estar em profundo conflito, e Gabrielle
sentiu que o senador devia ter sido muito enfático a respeito
de nao receber visitas naquela noite. Ela resolveu desferir o
golpe fatal. Segurando o envelope da Casa Branca bem na
frente da cara dele, a assessora disse quase num sussurro a
frase que todos os segurancas de Washington mais temiam.
- Você nao entende a situacao.
Os segurancas que trabalhavam para políticos nunca
entendiam a situacao e odiavam esse facto. Eram meros
peoes, a quem ninguém contava nada, sempre indecisos
entre obedecer firmemente suas ordens ou arriscar-se a
perder o emprego pela teimosia em ignorar uma crise óbvia.
Ele engoliu em seco, olhando mais uma vez para o envelope
da Casa Branca.
- Tudo bem, você vai entrar, mas eu direi ao senador que
você exigiu isso. O guarda-costas destrancou a porta e
Gabrielle entrou rapidamente, antes que ele mudasse de
idéia. Dentro do apartamento, ela fechou silenciosamente a
porta, trancando-a logo em seguida.
Na ante-sala, ela podia ouvir vozes abafadas que vinham do
escritório de Sexton, um pouco à frente no corredor. Eram
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