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sua habilidade política ajudara Herney a planear sua
estratégia.
- Esse debate de hoje na CNN - disse ela, tossindo. - Quem
vamos enviar para se digladiar com Sexton?
Herney sorriu.
- Um porta-voz de campanha do baixo escalao. - A táctica de
nunca enviar um peixe grande para deixar o "cacador"
frustrado era tao velha quanto os debates em si.
- Tenho uma idéia melhor - disse ela, fitando Herney. - Deixe
que eu vá.
Ele levou um choque.
- Você? - Que diabos ela está pensando? - Marjorie, você
nunca entra em contacto com a mídia. Além disso, é uma
transmissao ao vivo no meio da tarde. Se eu mandar minha
consultora sênior, como você acha que isso irá soar? Dará a
impressao de que estamos entrando em panico, nao é?
- Exactamente.
O presidente observou-a. Fosse qual fosse o intrincado
esquema que Marjorie estava arquitectando, por nada neste
mundo Herney a deixaria aparecer na CNN. Qualquer um que
já tivesse visto a consultora sabia que havia fortes razoes
para que ela actuasse sempre nos bastidores.
Era uma mulher de aparência assustadora e definitivamente
nao era o rosto que um presidente gostaria de ver como
porta-voz da Casa Branca.
- Esse debate da CNN fica comigo - ela repetiu e, desta vez,
nao era um pedido.
- Marjorie - disse o presidente, tentando fazer com que
mudasse de idéia -, a equipe de campanha de Sexton
obviamente irá afirmar que sua presenca na CNN é uma
prova de que a Casa Branca está se sentindo ameacada.
Atacar com nossas melhores armas muito cedo fará com que
achem que estamos desesperados.
Ela assentiu com um gesto curto e acendeu um cigarro.
- Quanto mais desesperados acharem que estamos, melhor.
Durante dois ou três minutos, ela explicou em linhas gerais
por que o presidente faria melhor enviando-a para o debate
em vez de alguém do escalao inferior. Quando a consultora