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Rachel relaxou. Quando os dois chegaram ao final da
descida, Herney parou e olhou para ela.
- Uma das razoes pelas quais pedi que se mantivesse essa
história em segredo foi para proteger a NASA. A magnitude
dessa descoberta está além de qualquer coisa que a agência
já tenha anunciado. Fará com que o facto de termos enviado
homens à Lua se torne insignificante. Como todos, inclusive
eu, temos tanto a ganhar - e a perder -, achei que era
prudente que alguém fosse verificar os dados da NASA antes
que nos colocássemos no centro dos olhares do mundo
inteiro dando uma declaracao formal.
- O senhor nao está pensando em mim, está? - Rachel
perguntou, assustada. O presidente riu.
- Nao, essa área nao é sua especialidade. Além disso, os
dados já foram verificados através de canais
extragovernamentais.
O alívio de Rachel deu lugar novamente ao espanto.
- Você quer dizer que convocou alguém de fora do governo?
Em um assunto ultra-secreto?
O presidente assentiu, convicto.
- Montei uma equipe de verificacao externa: quatro cientistas
civis, sem qualquer conexao com a NASA, mas muito
respeitados em suas áreas de actuacao e com uma reputacao
a zelar. Eles usaram seus equipamentos para fazer
observacoes e tirar suas próprias conclusoes. Nas últimas
48 horas, esses cientistas confirmaram, sem sombra de
dúvida, a descoberta da NASA.
Agora ela estava impressionada. O presidente havia se
protegido com a seguranca que lhe era característica. Ao
contratar uma equipe de "céticos" de alta confiabilidade -
pessoas de fora do governo que nao teriam nada a ganhar
confirmando a incrível descoberta -, Herney preparou uma
defesa prévia contra qualquer suspeita de que aquilo
fosse um plano desesperado da NASA para justificar suas
verbas, reeleger um presidente favorável a seus projectos e
bloquear os ataques do senador Sexton.
- Hoje, às oito da noite, vou dar uma colectiva na Casa Branca
para anunciar essa descoberta ao mundo - anunciou Herney.
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