Vários fatores contribuíram para o desfecho do 7 de abril de 1831. Entre eles, o acirramento das paixões políticas; as divergências de opinião dos estadistas brasileiros, cada qual, é verdade, buscando a seu modo o bem da pátria; o sentimento federalista, dominante em diversas Províncias, em contraposição à diretriz unitarista exigida pelo momento; a indisciplina nos quartéis, conduzindo alguns segmentos do Exército a motins e a manifestações partidárias; o temperamento impetuoso de D. Pedro I, que o levou, entre outras coisas, a dissolver a Assembléia Constituinte de 1823 e a outorgar no ano seguinte uma Carta liberal, que Euclides da Cunha chamou de "bizarro contra-senso da liberdade doada, arrogantemente, por decreto".