Se for assim não vai durar muito, porque a dívida agora já é muito alta. Há dois níveis: a economia mundial, que não está nada fácil, e a nossa própria. O problema da política orçamental é reajustar o processo orçamental. Temos o orçamento em base de caixa e anual. Nunca se olha para a frente. Todas as medidas que se tomam num ano vão ter repercussões, e às vezes muitíssimo grandes, para o futuro. Nunca se vê isso, mesmo com os PEC que tivemos de mandar para Bruxelas. Ora, temos de saber como vamos resolver este problema, porque a política orçamental ganhou um peso enorme.
E isso foi subestimado no programa. O facto de o Estado reduzir despesas, que era o caminho certo, mas feito assim, de repente, sem mais nada, teve imediatamente um impacto muito grande na economia, porque muito da nossa economia estava dependente das despesas públicas. Era necessário adotar um processo orçamental muito mais virado para o futuro e pensar nas implicações das decisões. Isso acabou por ser adotado na nova lei orçamental, mas só em setembro de 2015 e com três anos para ser posta em prática.
E isso foi subestimado no programa. O facto de o Estado reduzir despesas, que era o caminho certo, mas feito assim, de repente, sem mais nada, teve imediatamente um impacto muito grande na economia, porque muito da nossa economia estava dependente das despesas públicas. Era necessário adotar um processo orçamental muito mais virado para o futuro e pensar nas implicações das decisões. Isso acabou por ser adotado na nova lei orçamental, mas só em setembro de 2015 e com três anos para ser posta em prática.