Era angustioso o panorama brasileiro em 1837. N?o havia harmonia entre poderes e o equilíbrio constitucional do país estava em perigo com a luta entre o Parlamento e a Regência. O enfraquecimento das reservas em ouro preocupava o comércio e a diminui??o de nossa capacidade produtiva inquietava a todos.
As revolu??es do Rio Grande do Sul e do Pará amea?avam a integridade do Império. A nacionalidade mergulhava num ambiente de dúvida e de incerteza. As revoltas que se faziam para restaurar a normalidade acabavam por agravar os males, em círculo vicioso.
A sociedade debatia-se entre doutrinas mal assimiladas, sem encontrar interpreta??es certas, e radicalizava-se em partidos, fac??es e grupos. Sob o influxo das idéias da revolu??o que derrubara o Rei Carlos X da Fran?a, em 1830, e do federalismo americano, formavam-se grupos e aprofundavam-se diferen?as entre os homens. A fidelidade à Coroa, como nos dias da Independência, era um penhor da manuten??o da integridade nacional.