A Região Autônoma da Mongólia Interior da China lançou um programa para atrair médicos para trabalhar em áreas rurais, como parte dos esforços para tratar da escassez de profissionais do setor.
A região é habitada por muitas pessoas da etnia mongol, assim como de outros grupos étnicos minoritários que se dedicam ao pasto e agricultura.
Os serviços médicos rurais são insuficientes, apesar de um programa em vigor desde 2013 já ter proporcionado a formação contínua de 12 mil trabalhadores sanitários.
O departamento regional de saúde pública publicou um relatório no domingo que mostra que apenas 9,3% dos 20.633 trabalhadores sanitários ativos nas zonas rurais são médicos profissionais com licenças.
De acordo com as novas medidas, os estudantes de medicina das escolas profissionais dispostos a trabalhar nas zonas rurais depois de terminar seus estudos terão isenção de pagamento durante os três anos nas escolas e terão subsídios para o alojamento escolar.
O governo regional espera que o programa ajude a atrair 10 mil médicos assistentes às clínicas rurais nos próximos cinco anos.
Com 649 mil centros sanitários em 589 mil aldeias, a China necessita urgentemente médicos rurais. Mas os médicos rurais são cada vez mais relutantes a permanecer em seus postos de trabalho devido a barreiras como os baixos salários, falta de prestígio e poucas possibilidades de promoção profissional.
O Conselho de Estado, o gabinete chinês, deu a conhecer em março um documento que pedia um melhor tratamento aos médicos nas aldeias. O documento garante que cada 1 mil habitantes das zonas rurais tenha um médico, e estipula que os profissionais tenham direito a receber formação adicional gratuita, melhores oportunidades para continuar sua educação, preferência nas futuras promoções, além de salário e pensões mais altos.